sábado, maio 25, 2019

Lixo nos oceanos

Imagens BBC
Em uma expedição recordista com submarino, que chegou à maior profundidade já alcançada, um americano encontrou no fundo do mar mais do que uma amostra intocada da natureza - ele se deparou com resíduos plásticos, como sacolas e embalagens de balas.
Victor Vescovo chegou a quase 11km da região mais profunda do oceano - a Fossa das Marianas, no Pacífico.
Ele ficou quatro horas explorando a base da fossa com um submersível, construído para suportar a imensa pressão nestas profundezas. Agora, materiais orgânicos e inorgânicos coletados ali serão estudados em laboratório - para detectar, por exemplo, a possível presença de microplásticos nas criaturas marinhas.
É a terceira vez que os humanos chegam a profundidades extremas do oceano.
A primeira expedição ao fundo da fossa foi feita pelo tenente da Marinha dos EUA Don Walsh e pelo engenheiro suíço Jacques Piccard, em 1960.
Crustáceos com formato semellhante a camarões nas profundezas da Fossa das Marianas

terça-feira, janeiro 03, 2017

Adidas vai vender tênis e camiseta feitos com lixo retirado dos oceanos

Pensamentovede.com.br/instagram.com / adidas football
Real Madrid e Bayern de Munique já começaram a usar a camiseta.
Segundo cientistas são jogados cerca de 8 milhões de toneladas de lixo plástico anualmente nos oceanos, sendo que 5,25 trilhões desses resíduos estão nesse exato momento sendo dissolvidos, prejudicando não só a economia como também a vida marinha.
Pensando em ajudar o meio ambiente e diminuir os danos causados por esses resíduos, a Adidas, em parceria com a Parley for Oceans, ONG que luta pela preservação dos mares, desenvolveu um tênis de corrida e uma camiseta feitos a partir do lixo retirado dos oceanos.
A empresa de artigos esportivos anunciou em novembro que irá comercializar sete mil pares desses tênis chamado de UltraBOOST Uncaged Parley, inspirado nas ondas do mar e composto com 95% de plásticos retirado dos mares das Maldivas e 5% de poliéster reciclado. Já as camisetas confeccionadas 100% com esse lixo retirado dos oceanos já está sendo usada e testada por dois dos maiores times do futebol mundial, Real Madrid e Bayern de Munique.
Cyrill Gutsh, fundador da ONG, ressaltou em notícia publicada no site da Adidas: “Ninguém pode salvar os oceanos sozinho. Cada um dos nós pode desempenhar um papel na solução. Está nas mãos das indústrias criativas reinventar materiais defeituosos, produtos e modelos de negócios. O consumidor pode aumentar a demanda para a mudança.”
O objetivo da Adidas é produzir pelo menos 1 milhão de pares do UltraBOOST até o final de 2017, com o objetivo de evitar plástico virgem, interceptar detritos e criar novas alternativas para colaborar com um planeta mais sustentável e melhor.

Iniciativa começou a ser divulgada no ano passado

Em 2015 a empresa já havia produzido um tênis feito com fios e redes de pesca retirados dos oceanos e criado através de uma impressora 3D, mas ele não foi comercializado. A nova versão desenvolvida é muito mais moderna, pois utiliza novas tecnologias especificamente projetadas para utilizar os restos de plástico marinho, sem comprometer o seu desempenho.
Outras partes do tênis são compostas de material reciclado, como os cadarços e a sola, que usam cerca de 11 garrafas de plástico para cada par.
Eric Liedtke, membro do conselho executivo da Adidas Group responsável por Global Brands, explicou, “Nós não vamos parar aqui. Faremos um milhão de tênis usando a Parley Ocean Plastic em 2017 – nossa principal ambição é eliminar plástico virgem da cadeia de suprimentos”.
Instagram.com / Adidas RunningTênis UltraBOOST Uncaged Parley