domingo, julho 27, 2014

Três novidades em telas que você vai querer ver

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/07/2014
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: KAIST]

Parede interativa


Esta é a TransWall, uma tela semitransparente sensível ao toque dos dois lados.


Seus criadores, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, afirmam que ela é ideal para que os compradores dos shoppings centers encontrem itens  interessantes para comprar...

"Através das vitrines, os compradores podem ver os produtos expostos, mas podem ter dificuldades apenas olhando. Com o TransWall, no entanto, as vitrines podem se tornar mais divertidas e realistas do que nunca,"  afirmam eles, eventualmente pensando no cliente interagindo com um  vendedor sem precisar entrar na loja.

Isso porque, além da sensibilidade ao toque, a tela possui um  transdutor superficial que vibra, podendo fornecer um feedback tátil ao  usuário.

"O conceito da TransWall permite às pessoas ver, ouvir, ou mesmo  tocar umas às outras através da parede, enquanto desfrutam de jogos e  comunicação interpessoal. A TransWall pode ser instalada no interior de  edifícios, como centros comerciais, museus e parques temáticos, para que
as pessoas tenham a oportunidade de colaborar mesmo com estranhos de  uma forma natural," propõe o professor Woohun Lee, idealizador da  tecnologia.


A tela é interessante, mas parece que os pesquisadores precisam ser mais criativos na busca de novos usos para suas invenções.

Tela de enrolar
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: LG Display]

Esta tela transparente da LG é menor - 18 polegadas - e não tem sensibilidade ao toque dos dois lados.

Mas a grande novidade da tecnologia é que ela pode ser enrolada em um tubo de apenas 3 centímetros de raio "sem que a função da tela de 1.200 x 810 pixels seja afetada", segundo a empresa.

Embora telas de enrolar sejam esperadas há muito tempo, a LG parece ter chegado a uma solução interessante usando um filme de  poliimida de grande densidade, em substituição aos plásticos ou vidros  flexíveis normalmente utilizados.

"Estamos confiantes de que, em 2017, vamos conseguir desenvolver uma  tela de OLED ultra-HD flexível e transparente de mais de 60 polegadas,  que terá uma transmitância superior a 40% e um raio de curvatura de  100R," afirmou In-Byung Kang, chefe do centro de P&D da LG Display.

Computadores de vidro
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: Optics Express]

A equipe do Dr. Raman Kashyap, da Universidade Politécnica de  Montreal, no Canadá, colocou suas fichas no famoso Gorilla Glass®, da  empresa Corning, usado em várias marcas de celulares inteligentes e  tablets.

Kashyap criou uma técnica que permite a inserção de várias camadas sucessivas de sensores sobre o vidro.

Assim, segundo o pesquisador, além de detectar o toque de seus dedos, a tela poderá - no futuro - ser capaz de detectar sua temperatura,  medir o nível de açúcar no seu sangue e até analisar seu DNA.

"Neste momento nós estamos abrindo a Caixa de Pandora. Cabe às pessoas inventarem novos usos," entusiasma-se ele.

Além de sensores biomédicos, a tecnologia poderá permitir fabricar  dispositivos mais complexos, como circuitos incorporados em qualquer  superfície de vidro, como janelas ou tampos de mesa, eventualmente  criando as telas transparentes vistas em filmes como Avatar e Homem de
Ferro.


Tudo isso graças a uma técnica para gravar componentes fotônicos a laser diretamente no vidro. Esses componentes, chamados guias de  onda, funcionam como canais para guiar a luz, como os fios guiam os  elétrons. A técnica é bem conhecida, mas esta foi a primeira vez que ela
foi usada para criar componentes em um produto comercial como o Gorilla Glass.


A transformação da tecnologia em produtos, porém, demandará ainda  muitos desenvolvimentos adicionais e bastante tempo, já que,  essencialmente, o caminho a percorrer é o mesmo dos processadores fotônicos.

Bibliografia:Making Smart Phones Smarter with Photonics
Jerome Lapointe, Mathieu Gagné, Ming-Jun Li, Raman Kashyap
Optics Express
Vol.: 22, Issue 13, pp. 15473-15483
DOI: 10.1364/OE.22.015473

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